Elogio ao estranhamento social
A A Elogio ao estranhamento social Poesia das cidades está, há séculos, no encontro entre os diferentes, suas chispas, seus estímulos. Seriam as redes, num mundo de tempo escasso, a armadilha que estimula o convívio sem atrito entre os iguais? Um gueto digital que amplia muros? Por Lisa Bubert , no Revista Noema | Tradução: Rôney Rodrigues Por fora, o bar não tinha nada de especial. Por dentro, fervilhava com a coleção mais peculiar de pessoas: uma mistura socioeconômica de universitários e yuppies, idosos e casais com os filhos já criados, motociclistas e caubóis, liberais e conservadores, locais e turistas. Era isso que eu mais amava no Crossroads — era o tipo de lugar que aceitava “todo tipo” de gente. Agora extinto, ele tinha todas as marcas de um grande “dive bar” [ bar pequeno, informal e geralmente antigo, caracterizado por sua falta de glamour, bebidas baratas e um ambiente autêntico ] do sul: luzes de néon verd...