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Privatização de prisões, modelo made in USA

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  A A      Privatização de prisões, modelo  made in USA Sistema prisional nos EUA expandiu-se visando lucro – e tudo pode ser ainda pior com políticas anti-imigrante de Trump. No Brasil, experiência avança e é marcada por repasse público elevado, sem entregar “eficácia”. Presos morrem por falta de médicos Por  Bruna Julia Sousa da Silva  e  Marianne Lourenço de Souza , no  GGN “A prisão se tornou um buraco negro no qual são depositados os detritos do capitalismo contemporâneo.” Angela Davis O modelo de construção e gestão de cadeias via Parcerias Público-Privadas (PPPs) exibiu uma marcante experiência em solo estadunidense. Nas últimas décadas, seus defensores têm advogado por uma presença maior dessas instituições no Brasil, onde a privatização vem criando raízes. No centro da discussão da entrega do serviço de encarceramento para o setor privado está o embate entre capital e interesse público. A grande questão é como manter o princípio...

Avanços e limites da MP dos data centers

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A A      Avanços e limites da MP dos data centers Medida Provisória que visa atrair investimentos em servidores é um passo inicial. Mas não basta instalá-los: soberania digital passa pelo controle das tecnologias. Sem isso, país corre o risco de somente transferir dados e energia limpa para as Big Techs… O Governo Federal lançou, em 18 de setembro de 2025, uma medida provisória com o objetivo de atrair mais data centers para o território nacional. Mas será que essa iniciativa vai funcionar? Ela realmente pode suprir as necessidades do país no segmento de infraestruturas digitais? Basicamente, a Medida Provisória nº 1.318/2025 institui benefícios fiscais válidos até 31 de dezembro de 2026. Durante esse período, os incentivos financeiros podem chegar a R$ 5,2 bilhões, antecipando resultados que antes se esperavam apenas após a efetivação da reforma tributária. Para isso, foi criado o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (REDATA). Os principais obj...

Dívida, outra forma de explorar uberizados

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A A      Dívida, outra forma de explorar uberizados Oprimidos por baixa remuneração, eles pagam muito pela compra, aluguel e manutenção dos veículos. Depois, corporações apresentam-se como "salvadoras", concedendo empréstimos e cobrando juros, em nova modalidade de "escravidão por dívidas" A financeirização da economia, marca do neoliberalismo no século XXI, atualizou os mecanismos de dominação colonial através das plataformas digitais. A lógica do capital financeiro, materializada na especulação, dataficação, rentismo e hiperexploração é o vetor desse processo. Isso passa a redesenhar o mapa global da exploração com o advento das plataformas digitais, dando ao capitalismo um novo fôlego até outra crise estrutural. Essas corporações transcendem fronteiras nacionais e atuam como agentes de um neocolonialismo digital, extraindo valor e mão de obra excedente de países periféricos de forma eficiente e desterritorializada. O relatório do Fairwork Brasil 2025, evidencia a...

Assim Trump acelera o declínio dos EUA

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A A      Assim Trump acelera o declínio dos EUA Presidente exibiu na ONU seu mais novo perfil: ainda mais arrogante, alienado e ameaçador. Por trás desta atitude, arma-se um desastre: cenário econômico é turvo, e perspectivas de longo prazo são piores. Eis a tempestade que se arma Por  Michael Hudson  | Tradução:  Antonio Martins Um Trump convertido em metralhadora giratória ocupou nesta manhã (23/9) a tribuna da Assembleia Geral da ONU. Mal avaliado junto aos eleitores (seu déficit de popularidade acaba de  atingir 17% ), mas beneficiado pela ausência de uma oposição interna consistente, presidente tornou-se, nas últimas semanas, ainda mais agressivo. O assassinato de Charlie Kirk deu-lhe pretexto para perseguir tudo o que se aproxime de esquerda. As razias violentas nos bairros de imigrantes prosseguem. Nas Nações Unidas, a virulência foi a marca de um discurso repleto de inverdades e especialmente feroz contra a justiça social, a solidariedade ...